Especial: O futsal feminino em São Paulo à beira do abismo

Especial: Nos últimos anos, o Estado de São Paulo conta com fortes equipes de futsal feminino a nível nacional, dentre elas Guarulhos, Osasco, São Caetano e Cotia. Porém, algumas em virtude de novas gestões políticas, vivem dilemas e insegurança sobre a continuidade de seus respectivos projetos. Além dos times citados, outros passam por situações ainda mais complicadas e podem fechar as portas.

As equipes que seguem com suas atividades, levam o futsal ao ‘aos trancos e barrancos’ tentando não demonstrar a fragilidade que estão passando também. Por outro lado, meninas que acabam de ser campeãs na última temporada e iriam representar São Paulo na Taça Brasil de Clubes, hoje estão desempregadas e com salários atrasados.

Fato é que, mesmo o futsal ser uma modalidade mais relacionada ao verdadeiro amor à profissão do que uma questão financeira há a necessidade em ter salários justos, em dia e cumprimento de tudo aquilo prometido durante as negociações. Em resumo, ninguém vive de promessas ou jogar "só" por amor.

Não queremos entrar no mérito de quem é culpado. O que se pede é respeito com as atletas. O futsal feminino em São Paulo vem se destacando no Brasil há alguns anos em todas as suas categorias, e muitas equipes não oferecem, se quer casa às jogadoras, sem contar em bolsas de estudos, as quais a cada semestre nunca são lançadas no prazo determinado.

O que fica claro, é que para muitos governantes o que vale é o ‘status’ em ser campeão dos Jogos Regionais ou Jogos Abertos do Interior, justamente para bater no peito e comemorar o título tripudiando sobre um adversário político ou uma cidade rival, sem levar em consideração o que as meninas passam em alojamentos, quadras e outros itens que tornam o futsal feminino cada vez mais desmoralizado.